Thursday, December 30, 2010

Férias.

Eu pensei que seria diferente. O que você acha?
Eu pensei que fosse ser como antes, aqui na praia as coisas são sempre lentas e calmas, assim como a brisa que vem do mar às 9h00 da manhã. Mas não faz diferença, eu ainda tenho aonde escrever.
Tem gente de todo tipo por aqui ... Gente bonita, gente feia, gente sem educação, uns malucos que ficam fumando na beira da praia no fim da tarde, e tem também aqueles tiozinhos que jogam frescoball e acertam a bola em você. Tem famílias curtindo o feriado e tem de tudo um pouco.
É engraçado, porque eu já me acostumei a me sentir meio deslocada, assim como um peixe fora d'agua, mas aqui a solidão é um pouco diferente.
Eu pensei que seria diferente.
Talvez tudo isso que eu estou falando só faz sentido porque eu estou de férias, e quando a rotina voltar eu vou me lembrar com muita alegria desses momentos.

Sunday, December 19, 2010

Frases de segundos estranhos. [2]

A maior tristeza é o egoísmo de fechar os olhos quando não se sabe o que fazer.
A agitação se foi e o cansaço chegou.
A certeza de não saber nada é a pior certeza.
A cobertura de morango já azedou com essa sua demora.
A cama estava tão gostosa que eu até esqueci de levantar.
A calma da minha mãe me cansou.
A alma daquele impuro, é mais pura que meus pensamentos julgadores.
A minha visão fixada num ponto distinto me prova que eu já sai desse mundo algumas vezes.
A saudade de ter que saber para confiar me empobrece todos os dias.
A vontade de ter o que não se pode ter é incansável.
O abraço...

Tuesday, December 14, 2010

  • Se submeta a sua consciência e deixe a vida rolar da melhor maneira possível.

Tuesday, December 7, 2010

Possibilidades e probabilidades.

Encontro-me aqui, sentada numa cadeira um tanto confortável, pensando nas possibilidades e probabilidades de direções para minha vida. Sim, eu quero zerar. Brincar de nascer de novo e viver tudo o que é certo a viver. As coisas se confundiram ultimamente. Parece que eu tive que encontrar algumas coisas para me perder de todas as outras. Mas isso não faz sentido e não importa.
Bateram a minha porta ontem à tarde, eu respondi para que entrassem, mas, ninguém entrou. Bateram de novo e eu, com preguiça de levantar do sofá, respondi novamente. Mas a pessoa não entrou. Fiquei imaginando se a pessoa era surda, se ela era tímida, ou até mesmo se ela não queria entrar de verdade. Mas se você bate à porta de alguém, quer dizer que  você tem esperança em encontrar alguém do outro lado. Enfim, eu não levantei para atender e a pessoa também não entrou. Quando me dei conta, eu já estava pensando em muitas paranóias que podiam estar se passando do outro lado da porta, mas nem dei-me ao luxo de saber o que a pessoa queria. Depois quando fui deitar, confesso que fiquei com peso na consciência. Vai saber se a pessoa não precisava de uma ajuda importante, não é mesmo?! Existem todas essas possibilidades e probabilidades.
Até que começei a pensar nas direções da minha vida. Em qual porta estou batendo? Quem eu estou procurando? Como eu quero que recebam-me do outro lado?
Minha consciência pesou mais ainda, mas continuei a tentar descobrir para onde eu precisava ir. Tentei achar um mapa em minha mente que indicasse o lugar exato. Mas então, parei pra pensar mais uma vez: Pra quê um mapa se eu não tenho um Norte para seguir?

Thursday, December 2, 2010

Dona do meu poema.

Sendo sincera eu aprendi a cuidar
daquilo que me faz diferença,
daquilo que eu quero amar
sem nenhuma desavença.

Eu entrei em mais um jogo,
num jogo da vida derradeira,
fui parar no fim do poço
mas não fui de brincadeira.

É assim, o jeito solitário.
Não me venha com desculpas.
O que se esconde num corpo otário,
é bem mais do que só culpa.

É assim, também, a minha estrada.
Só tenho um dilema.
Fui seguindo algumas pegadas.
Eu sou a dona do meu poema.